É hora de improvisar!

O melhor da Fotografia é poder improvisar sobre tudo que nossa imaginação permitir. No início, como geralmente não temos dinheiro para arcar com as grandes despesas que a profissão requer, o jeito é “fabricar” o próprio equipamento.


Acredite: é possível fabricar desde câmeras (não como conhecemos, mas é possível) a acessórios mais simples com os materiais de casa. Certamente, a qualidade não é a mesma de um equipamento profissional, mas, de qualquer maneira, é um excelente começo.

 
 
Abajur: Já viu o abajur da Pixar? Aquela luminária moldável e simples rende um excelente resultado para retratos. Coloque uma lâmpada fluorescente de cerca de 50 watts e confira o resultado. Feche todas as janelas para que só haja o resultado dessa luz sobre o objeto/pessoa. Para os que já têm uma lente 50mm f/1.8, utilize-a em abertura f/2.8. A grande abertura permite que a velocidade do obturador seja um pouco maior, o que “descarta” a necessidade de utilizar um tripé para sustentar a câmera. Custo total (abajur + lâmpada): R$30,00.

Cartão de cinzas: Em vez de gastar mais de cem reais com pedaço de papel cinza, faça o seu. Basta selecionar, no Photoshop, a cor de código 7d7d7d e preencher um arquivo em branco. Imprima seu arquivo no tamanho desejado em um mini-lab de confiança, mas peça ao atendente que não altere nada na imagem. Você pode utilizar seu cartão de cinzas para configurar a exposição e para corrigir o balanço de brancos da fotografia na edição. Custo total: de R$1,00 a R$5,00, dependendo do tamanho da impressão.

Fundo infinito: Quem adquire um fundo infinito, geralmente, compra de papel, gastando cerca de R$150,00 em algo que rasga, suja e precisa ser trocado. Em vez disso, é possível comprar alguns metros de tecido (nada de TNT!) para colar na parede. Prefira tecidos mais grossos, foscos e com cores neutras, como o brim cinza. O único trabalho é ter que passá-lo todas as vezes antes de pregar na parede, mas também é possível colocá-lo num daqueles rolos grandes, disponíveis nas próprias lojas de tecido. Se preferir, também leve o pano para costurar as bordas e evitar que os fios soltem. Certifique-se também que, ao colocá-lo na parede, não haja marcas e imperfeições. Custo total (2 metros de tecido + fita adesiva + costura): R$45,00.

Tripé: É possível estabilizar a câmera sem comprar um tripé. O resultado não é como um Manfrotto, mas é muito útil. Basta ter uma linha resistente (náilon, de preferência) e um parafuso que eQnrosque onde a sapata do tripé seria encaixada. Amarre a linha no parafuso e aperte-o no lugar adequado. Depois, deixe sua câmera na altura que costuma usar e pise na linha até que não seja mais possível movimentar a câmera para cima. A estabilidade fica maior na hora do clique. Custo total (linha + parafuso): R$3,00.

Rebatedor/radio-flash: A bugiganga agora tem função dupla: pode servir de rebatedor para luz natural e “falsificador” de rádio flash. Quem compra um flash tem que utilizá-lo em cima da câmera até que adquira um acessório que possibilite dispará-lo à distância. Para quem não tem essa possibilidade, a solução está dentro do carro. Sabe aquele plástico parecido com papel alumínio que usamos para refletir a luz do sol e evitar o superaquecimento em dias de sol forte? Experimente iluminar uma fotografia virando o flash para ele. O resultado é muito mais agradável que uma iluminação frontal e sem criatividade.

Pra ilustrar, seguem ideias do Léo Neves sobre esquemas de iluminação. Qualquer dúvida eu responderei nos comentários. E caso alguém também tenha uma bugiganga legal, divida com a gente.




Artigo do : Henrique Resende
 Para a   Fotografe melhor